Este trabalho visa avaliar o potencial de uso de um novo instrumento de proteção ambiental através da certificação territorial da Rede Global de Geoparques (Global Geoparks Network) da UNESCO na busca de efetividade na proteção ambiental das águas subterrâneas, sobretudo nas áreas de afloramento (recarga) do Sistema Aquífero Guarani (SAG), utilizando como área de estudo o território da Bacia Hidrográfica do Corumbataí, área territorial com limites claramente definidos que compreende 1.708 km2 distribuídos em oito municípios, que inclui notável patrimônio geológico com inúmeros geossítios, notadamente área de recarga do SAG, considerado patrimônio mundial, além da diversidade cultural regional, associados à estratégia de desenvolvimento sustentável. A certificação de um território para proteção dos seus recursos naturais por meio da criação de um Geoparque ocorre de maneira inversa à instituição de uma Unidade de Conservação, pois não se trata de um parque e não há necessidade de criação de lei. Neste processo, o envolvimento da população local é imprescindível, em razão da necessidade de seu protagonismo, ao abandonar a condição de mera espectadora ou vítima de uma nova lei, trata-se de um processo bottom-up, que conta com a participação e o comprometimento dos locais. E este instrumento de certificação territorial deve estar em estrita consonância com os diplomas legais, existentes no território, os quais continuam vigorando e devem estar contemplados no Plano de Gestão do Geoparque. É nesse contexto que se busca a criação na Bacia do Rio Corumbataí, de um Geoparque UNESCO como um instrumento internacional de certificação do território que confere maior proteção aos recursos naturais à medida que este integra em seu processo de criação a participação efetiva da população. Esse protagonismo despertará o “sentimento de pertencimento”, empoderamento de sua herança cultural e de “identidade territorial”, propiciando o desenvolvimento socioeconômico regional.
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A pesquisadora responsável por este Projeto Prof. Dra. Luciana Cordeiro de Souza Fernandes foi convidada a participar do CICLO ILP-FAPESP NOVEMBRO 2023 (https://agencia.fapesp.br/brasil-pode-usar-mais-as-aguas-subterraneas-durante-estiagens-e-evitar-crises-hidricas-dizem-cientistas/50347) na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) com a participação do Prof. Dr. Ricardo Hirata do IG/USP, coordenador do projeto temático SACRE em execução nestes municípios, que busca definir as áreas vulneráveis dos aquíferos para que a regulamentação dos PLs possa se efetivar; e o Prof. Rodrigo Lilla Manzione da UNESP campus Ourinhos. A transmissão completa pode ser vista em: https://www.youtube.com/live/nfoyxWBJrTc si=zKmej1z3cNdKMarH
O presidente da Câmara Municipal de Bauru, Markinho Souza (MDB), recebeu na última quinta-feira (20/02/25), na sala da Presidência, os professores da Unicamp Luciana Cordeiro e Alexandre Fernandes para a apresentação de uma proposta de legislação sobre o ordenamento territorial municipal voltada à proteção das águas subterrâneas, além de um material didático voltado à educação ambiental. Acesse: https://www.bauru.sp.leg.br/imprensa/noticias/professores-da-unicamp-entregam-minuta-de-lei-para-protecao-das-aguas-subterraneas/